A invenção da escrita aconteceu uma manhã de nevoeiro. Dois negociantes de peles de crocodilo já estavam cansados de chamar nomes um ao outro e pediram mediação do conflito. Dali até chegar ao faraó foi um saltinho, a comunicação social egipcia, fortemente politizada, com agilidade felina, aproveitou a questão de forma muito exaustiva. Fizeram-se apostas, cortaram-se dedos e até se imprimiram símbolos malucos nas costas da mão. O problema foi que nesse dia sua Majestade encontrava-se num retiro espiritual. Como os tempos era muito difíceis, foi necessário registar no papiro as ideias dos dois homens, mais uns bonecos em ânulo recto e ... fez-se luz. Quando o faraó chegou e tomou conhecimento mandou matar os inventores da patranha ... mas já era tarde. A escrita já circulava pelos corredores.
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