Quando não tenho nada para fazer semeio objectos. Longe uns dos outros para não me lembrar.
Um dia tive um barco mas não tinha águas para o passear. Eu que conhecia bem as marés, os segredos dos ventos e dos nevoeiros, ficava sentado olhando a quilha e a ré, e passeava os olhos pelos mastros, velas e bandeirinhas.
Encostado a uma pedra desenhei na areia os teus dedos, agarrei-os, fechei os olhos e só não voei porque os deuses não deixaram.
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