Naquelas tardes de Verão quando todos os reis da Terra dormiam a sesta, havia meninos que brincavam ao jogo da pancada. Umas vezes a brincar, outras vezes a sério ... às vezes com sangue e, na maioria das vezes com muito suor, chegavam a mão a tudo e a nada com um único objectivo ... vencer.
Num desses dias, de um mês que não existia, estava o terráquio mais observador lá da zona a fazer contas de cabeça, observando o sol por entre as folhas daquela árvore imponente que o protegia das alterações climáticas que o ia domesticando.
Olhou o jogo dos petizes que se esfarrapavam por um pouco de nada. Eis que no fervor da luta salta qualquer coisa que provoca um fogo mesmo ao lado deles. Uau, pensou ele, se friccionar dois rapazes dá faísca, acende a palha e tenho fogo o granel - deve ter pensado o "cientista". Levantou-se, chamou-os e prometeu-lhes umas bananas selvagens se participassem na experiência. Eles concordaram imediatamente.
O cientista agarra nas duas cabeças e começa a friccionar até fazer sangue e só parou quando levou três pontapés mesmo no centro da canela. Chateado e ofendido pegou em duas pedras e atirou-as, com força, contra o chão. E foi aí que descobriu que o fogo podia ser "obtido" jogando pedra contra pedra. Daí ao futuro, foi um passo. Três meses depois 90% dos humanos obtinham assim o fogo.
Não teve direito a dar o nome a nenhuma rua deste planeta mas ficou para sempre na cabeça daqueles 2 jovens.